Belém (PA) – novembro de 2025 — A tão aguardada COP30, conferência mundial do clima da ONU sediada pela primeira vez na Amazônia, tem sido marcada mais por polêmicas e críticas do que por avanços concretos. O evento, que deveria simbolizar o compromisso do Brasil com a sustentabilidade, acabou se tornando um retrato das contradições entre discurso ambiental e prática política. Infraestrutura precária e exclusão Desde o início, as falhas logísticas chamaram atenção. Delegações estrangeiras e ONGs denunciaram a falta de acomodações e o alto custo de hospedagem em Belém. A infraestrutura limitada da capital paraense obrigou muitos participantes a se alojarem em cidades vizinhas ou a desistirem da viagem. Críticos afirmam que o governo brasileiro subestimou a complexidade de sediar uma conferência global na região, o que transformou o evento em um desafio operacional e simbólico. Contradições entre discurso e realidade Enquanto o governo defende a imagem de liderança climática, decisões recentes —
EUA reforçam presença militar no Caribe e aumentam pressão sobre o regime autoritário de Nicolás Maduro A chegada do porta-aviões nuclear USS Gerald R. Ford ao mar do Caribe marca uma das maiores demonstrações de força dos Estados Unidos na região nas últimas décadas. Oficialmente, a operação é apresentada como parte da estratégia de combate ao narcotráfico e ao crime organizado transnacional, mas especialistas apontam que o verdadeiro alvo é o regime de Nicolás Maduro, considerado por analistas e organismos internacionais como uma das ditaduras mais repressivas do continente. O governo norte-americano enviou um grupo de ataque completo — incluindo destróieres, cruzadores e um submarino nuclear — com capacidade para operações prolongadas. A missão tem valor simbólico e estratégico: sinalizar que Washington não tolerará a expansão de regimes autoritários nem o uso do tráfico e da corrupção como ferramentas de poder político. Nos bastidores diplomáticos, cresce a percepção de que a presença militar
As confissões do ex-chefe de inteligência da Venezuela, Hugo “El Pollo” Carvajal, continuam provocando turbulências políticas no continente. Após admitir envolvimento em operações de narcotráfico e cooperação com as FARC, Carvajal afirmou que o regime chavista teria financiado partidos e lideranças de esquerda em diversos países, entre eles o Brasil. Mesmo sem provas formais apresentadas até o momento, as declarações reacenderam o debate sobre as relações políticas e ideológicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o chavismo e o governo de Nicolás Maduro. Lula é um dos fundadores do Foro de São Paulo, organização que reúne partidos de esquerda da América Latina e do Caribe, entre eles o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de Maduro. O grupo é frequentemente acusado por opositores de articular uma agenda de integração regional inspirada no projeto bolivariano. Durante seu atual mandato, o presidente brasileiro defendeu publicamente a reintegração da Venezuela ao Mercosul e o
Na madrugada de 28 de outubro de 2025, o Rio de Janeiro viveu uma das maiores operações policiais de sua história. Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança estaduais participaram da ofensiva nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de desarticular o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais poderosas do país. O saldo até o momento é de pelo menos 64 mortos, entre eles quatro policiais, além de mais de 80 presos e grandes apreensões de armas e drogas. A operação foi marcada por confrontos intensos, fechamento de vias e pânico nas comunidades. Moradores relataram horas de tiroteios e dificuldade para sair de casa. Apesar do sucesso em termos de prisões e apreensões, a ação provocou forte repercussão nacional e internacional, com críticas de organizações de direitos humanos e questionamentos sobre a letalidade das operações policiais no estado. Mas as críticas mais duras vieram no campo político.